Quem sou

Fotografia por Vanessa Moreira @cinzafloratelie

Meu nome é Lívia Stefani, e eu sou a pessoa e as mãos por trás do Atelier Mínima.

Arquiteta por formação, foi em 2016 que troquei o mercado imobiliário para seguir um caminho mais orgânico dentro da arquitetura. As investigações e descobertas desse processo me guiaram para a criação do Mínima Estúdio, ainda ligado à arquitetura, mas já muito voltado ao design e à criação de objetos. Não tardou e, lá em 2017, o estúdio se transformou em atelier, já integralmente dedicado à arte cerâmica.

Meu constante trânsito entre os universos da arte, do design e do artesanato acontece maneira espontânea, e vejo no processo de feitura da cerâmica a chave para conhecer a mim mesma e ao mundo. Trabalho a forma como linguagem primordial, e busco nas complexidades do processo criativo a poética para as minhas obras. Hoje, exploro temáticas como o feminino, a palavra como instrumento de voz-expressão e a memória nos livros de artista. Em paralelo, estudo cerâmica na UFSJ, onde conheço técnicas, exploro linguagens e aprimoro minhas habilidades; sou também pesquisadora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade – PIPAUS/UFSJ, interessada nos estudos sobre produção cerâmica e processos de criação, em especial da criação coletiva como substância da tessitura social.

O Atelier Mínima, atualmente localizado na minha casa em São João del-Rei, em Minas Gerais, é um pequeno ateliê onde produzo minhas cerâmicas autorais. É meu espaço-manifesto inaugural, lugar voltado à experimentação e criação em cerâmica; a fusão entre o amor pela criação e pelo fazer manual. Esse lugar se fez mínima pela minha busca do que é essencial, e em sua trajetória permeou o universo das artes vestíveis, com a joalheria em cerâmica, e dos objetos de arte. Neste momento o mínimo se manifesta também na produção material do atelier, não só pelo tamanho das peças, mas também no valor atribuído a cada detalhe; na criação de uma poesia cerâmica que seja capaz de despertar nosso olhar por meio de belezas singulares.